sexta-feira, 1 de junho de 2012

O MINISTÉRIO DA CONSOLAÇÃO


Consolai, consolai o meu povo, diz o Senhor ao profeta Isaias (Is. 40.1).
Um ministério de consolação é o desafio do Senhor ao seu profeta. Esta é uma necessidade em meio às dores e angústias de alma. Há uma urgência de pessoas que se comprometam com este desafio divino: consolar!
É muito fácil, em meio à degradação reinante nos sentirmos especiais pela nossa religiosidade, bondade e ética cristã. É muito fácil ser a "palmatória do mundo". Julgar as pessoas é fácil. É fácil perder o amor e desenvolver uma dureza de coração, regida por moralismos e leis humanas, que matam a misericórdia e a compaixão.

Irmão, precisamos desenvolver uma atitude de consolação. Consolar era a missão do profeta. Esta também é a missão de cada um de nós, servos do Senhor. O mundo está cheio de corações necessitados de consolo, vítimas deste sistema pecaminoso e corrompido que oprime a alma, mata a esperança e leva aflição ao ser humano. Mas para estarmos capacitados para esse ministério, precisamos antes ser preparados.
A preparação custa um alto preço, pois, se queremos de fato trazer alívio às pessoas, nós também precisamos passar pelas dores que estão provocando sofrimento e lágrimas em tantos corações nos dias de hoje. Assim, a nossa própria vida se tornará a escola onde vamos aprender a arte divina de consolar. Somos feridos, para aprender, pelo modo como o Grande Médico nos liga as feridas, a dar os primeiros socorros aos feridos, em toda parte.
Geralmente não procuramos entender o motivo de passarmos por certos sofrimentos. Desenvolvemos um sentido de auto-comiseração. Nos deliciamos na dor e na angústia e deixamos que isto crie amargura em nossos corações. Então o que seria um instrumento de benção e restauração se torna uma fonte de mágoa, angustia e dor. Ao invez de união, empatia e cura, só machuca mais aos feridos que precisam de consolo.
No entanto, se deixarmos pararmos de olhar para nós mesmos e deixarmos o real Consolador tratar de nossos corações e nos restaurar, mais tarde encontraremos muitos outros, com as mesmas aflições que agora temos. Então poderemos contar-lhes como sofremos e fomos consolados. Enquanto o fazemos, aplicamos nos aflitos o bálsamo que uma vez Deus aplicou em nossa vida. Assim compreenderemos, no olhar faminto e no raio de esperança que afastará dessas pessoas a sombra do desespero, por que fomos um dia afligidos. Como diz o apóstolo Paulo em I Coríntios 1:v.4: "… para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus."
Então bendiremos a Deus pela disciplina que nos trouxe aquela reserva de experiência e de aptidão para socorrer, quando entendermos que somos chamados para consolar. Pr. Ozias Lima Ribeiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário