sexta-feira, 22 de junho de 2012


“Abro a boca e suspiro, ansiando
por teus mandamentos” (Sl 119.132). Quando falamos em privilégios, eles podem
ser vistos de uma forma egoista (levar vantagem sobre outros) ou no sentido de
ter uma permissão especial sem desmerecer alguém. Foi um privilégio deste
segundo tipo que tive voltando de Belo Horizonte para São Paulo num avião, em
1988. Meus colegas de trabalho sabiam do meu medo de voar, além disso, íamos
viajar à noite e eu achava perigoso porque o piloto não veria nada de lá de
cima. Todos riram de mim. Durante o voo, um deles conversou com a comissária de
bordo e pediu autorização para que eu conhecesse a cabine. Lá, o comandante e
mais duas pessoas me cumprimentaram e mostraram-me as nuvens. Um deles me disse
que daquele dia em diante eu não teria mais medo de voar. De tanto apreciar as
nuvens me abaixei e fiquei na altura dos pilotos. Não vi nada a não ser o céu
acima e na frente relógios e um painel. Perguntei ao comandante como fazia para
ver o que estava diante do avião e ele respondeu que utilizava todos aqueles
instrumentos no painel. Na telinha, mostrou-me a nossa aeronave e as outras que
estavam perto de nós. Vi até um avião passar por baixo do nosso, o que me deu um
calafrio terrível! Quando pousamos, um dos passageiros me disse: “Que
privilégio, hein? Conhecer a cabine do piloto!” A comissária, concordando, disse
que é muito difícil um passageiro ir até lá. Pensando nessa história e no texto
lido hoje, precisamos lembrar que Deus nos concede o privilégio de sermos suas
ovelhas escolhidas para entrar no seu Reino, sem desmerecer ninguém, pois Ele é
justo. Teremos o prazer de celebrar com Cristo na vida eterna (Mt 26.39). Para
isso, temos que seguir os ensinamentos de Jesus (será que nossa vida concorda
com o versículo em destaque?), pois no dia do juízo não haverá privilégios para
quem não merecer. Naquele momento, de que lado você estará?

Nenhum comentário:

Postar um comentário